Qualidade de vida no trabalho

Riscos psicossociais: o que são e como impactam sua saúde mental

Renata Tavolaro - Head de Psicologia da orienteme e autora de autoridade em psicologia

Escrito por Renata Tavolaro

Head de Psicologia da orienteme | Psicóloga CRP 06/39083
Pós Graduada em Gestão de Pessoas e Terapia online/PUC, MBA em Gestão Estratégica/FGV com mais de 30 anos no atendimento psicoterapêutico presencial e online. Atuação com terapia cognitivo comportamental e programação neurolinguística.
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Os riscos psicossociais são cada vez mais frequentes no ambiente de trabalho e podem comprometer a saúde mental e emocional dos colaboradores.

Alta demanda, pressão por metas, assédio moral e falta de reconhecimento são apenas alguns exemplos de riscos psicossociais. Esses fatores podem levar a quadros como ansiedade, depressão, burnout e adoecimento emocional. Reconhecer esses riscos é o primeiro passo para a prevenção e o cuidado dentro das empresas.

O que são riscos psicossociais?

Os riscos psicossociais são fatores presentes no ambiente de trabalho que afetam a saúde emocional, física e social dos colaboradores. Eles surgem de um desequilíbrio entre as exigências do trabalho e a capacidade da pessoa de lidar com essas exigências de forma saudável.

Esses riscos não estão ligados apenas à carga de trabalho, mas a todo o contexto: cultura organizacional, relacionamento com colegas e líderes, reconhecimento, segurança, horários e até a clareza das tarefas. Quando esses aspectos não são bem geridos, o ambiente se torna hostil, o estresse aumenta e a saúde mental entra em declínio.

Estudos mostram que os riscos psicossociais estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil. Mais do que um problema pessoal, eles são um desafio organizacional que exige atenção estratégica.

Fatores organizacionais, relacionais e estruturais que afetam a saúde

Entre os fatores organizacionais mais comuns, podemos citar a sobrecarga de tarefas, a pressão constante por produtividade, metas irreais e a falta de autonomia. Tudo isso afeta diretamente a percepção de controle do colaborador e sua motivação.

Já os fatores relacionais envolvem conflitos com colegas, comunicação falha, ausência de feedback e até a falta de apoio da liderança. Um ambiente no qual o colaborador se sente isolado ou silenciado é um terreno fértil para o desenvolvimento de ansiedade e insegurança emocional.

Do ponto de vista estrutural, condições físicas ruins, excesso de ruído, iluminação inadequada, ausência de espaços de descanso e jornadas exaustivas também são considerados riscos psicossociais. 

Em conjunto, todos esses fatores abalam o bem-estar geral e impactam a saúde de forma ampla.

Exemplos práticos do dia a dia nas empresas

Vamos imaginar situações bem comuns que ilustram esses riscos?

Um colaborador que trabalha horas extras quase todos os dias, sem reconhecimento ou aumento salarial. Outro que tem um gestor agressivo, que só aponta erros e nunca oferece suporte. Ou ainda aquele que sente que sua opinião nunca é considerada nas decisões da equipe.

Agora pense na funcionária que voltou da licença-maternidade e sente um clima de julgamento velado. Ou no profissional júnior que recebe tarefas incompatíveis com sua experiência, sem treinamento ou acompanhamento.

Todos esses exemplos refletem riscos psicossociais em ação. E o impacto disso é mais profundo do que parece.

Como os riscos psicossociais impactam a saúde mental?

Quando não identificados e gerenciados, esses riscos se acumulam no corpo e na mente do colaborador, resultando em uma série de efeitos negativos.

Estresse crônico, transtornos emocionais e baixa produtividade

O estresse constante, sem pausas adequadas para recuperação, pode evoluir para quadros clínicos como transtornos de ansiedade, depressão e síndrome de Burnout. Em muitos casos, a pessoa começa a ter dificuldades de concentração, insônia, irritabilidade, cansaço extremo e até dores físicas.

A produtividade também é afetada. Um colaborador emocionalmente esgotado tende a errar mais, se distrair com facilidade e ter menor capacidade de inovação e resolução de problemas.

Além disso, esse desgaste costuma afetar os relacionamentos dentro e fora do trabalho, agravando ainda mais o cenário.

Relação com o aumento do absenteísmo e rotatividade

Empresas que não se preocupam com os riscos psicossociais costumam ter índices mais altos de absenteísmo e presenteísmo. Isso significa mais faltas, licenças médicas, afastamentos prolongados por questões de saúde e a presença de colaboradores que, mesmo estando fisicamente no trabalho, não conseguem desempenhar suas funções de forma eficaz devido a questões emocionais ou psicológicas.

A rotatividade também cresce. Afinal, ninguém quer permanecer em um ambiente que adoece. E a troca constante de profissionais representa não só prejuízos financeiros, mas também quebra de cultura, perda de conhecimento e impacto na motivação da equipe como um todo.

Trabalhadores engajados e saudáveis produzem mais e permanecem mais tempo nas empresas. Já os que sofrem com riscos psicossociais, muitas vezes, buscam uma saída como forma de proteção emocional.

Como prevenir e gerenciar esses riscos nas organizações?

A boa notícia é que é possível prevenir e até reverter o impacto desses riscos com ações consistentes, humanas e integradas ao dia a dia da empresa.

Práticas de escuta ativa, programas de bem-estar e apoio psicológico

O primeiro passo é criar uma cultura de escuta ativa. Isso significa abrir espaço para que os colaboradores se sintam seguros para falar sobre o que vivem e sentem. Reuniões de feedback, canais de diálogo anônimos e lideranças preparadas fazem toda a diferença.

Além disso, programas de bem-estar que abordam saúde emocional, física e nutricional ajudam a criar hábitos saudáveis e melhoram a qualidade de vida. É importante lembrar que riscos psicossociais são multifatoriais, e o cuidado precisa ser também.

O apoio psicológico profissional é outro recurso indispensável. Ter acesso a psicólogos capacitados e dispostos a acompanhar cada caso com atenção individualizada fortalece a autoestima, a resiliência e a clareza emocional dos colaboradores.

A orienteme, por exemplo, oferece exatamente essa abordagem 360° de cuidado. Com atendimento personalizado, mapeamento de riscos e indicadores claros de evolução, nossa plataforma transforma dados em decisões, e pessoas em protagonistas do seu próprio bem-estar.

Com o suporte certo, é possível reduzir a exposição aos riscos psicossociais e criar um ambiente mais saudável para todos.

Bem-estar é prioridade, e começa com cuidado

Cuidar da saúde mental no trabalho não é mais um diferencial. É uma necessidade urgente. Os riscos psicossociais estão em toda parte, mas com ações bem planejadas e uma escuta ativa e contínua, é possível transformar o ambiente e fortalecer os times.

A orienteme pode ser sua aliada. Nossa plataforma integra psicologia organizacional, bem-estar e indicadores estratégicos para cuidar de verdade da sua equipe.Conheça a orienteme e veja como o cuidado certo pode mudar vidas e resultados.

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