Qualidade de vida no trabalho

Como a empresa pode ajudar na adaptação das mães solo após a licença-maternidade

Renata Tavolaro - Head de Psicologia da orienteme e autora de autoridade em psicologia

Escrito por Renata Tavolaro

Head de Psicologia da orienteme | Psicóloga CRP 06/39083
Pós Graduada em Gestão de Pessoas e Terapia online/PUC, MBA em Gestão Estratégica/FGV com mais de 30 anos no atendimento psicoterapêutico presencial e online. Atuação com terapia cognitivo comportamental e programação neurolinguística.
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Mães solo enfrentam desafios únicos ao voltar ao trabalho após licença-maternidade. Veja como as empresas podem apoiar essa transição de forma humanizada e estratégica!

A licença-maternidade para mães solo representa mais do que um direito garantido — é um período essencial para estabelecer os primeiros vínculos com o bebê e reorganizar a vida diante de uma nova realidade. 

No entanto, o retorno ao ambiente corporativo pode se tornar um processo delicado e repleto de pressões emocionais e práticas. 

E por isso, compreender o papel da empresa nessa fase e implementar medidas eficazes de acolhimento é fundamental para manter a produtividade, o bem-estar e o engajamento das colaboradoras.

Quais desafios as mães solo enfrentam no retorno ao trabalho?

O retorno ao trabalho após a licença-maternidade para mães solo costuma ser marcado por um turbilhão emocional, principalmente quando não há uma rede de apoio ampla, além de enfrentarem uma sobrecarga dupla: manter a produtividade no ambiente corporativo e garantir o bem-estar de seus filhos. 

Um dos sentimentos mais comuns nessa fase é a ansiedade no trabalho, alimentada por preocupações constantes com a saúde e a rotina do bebê em conjunto com o medo de não corresponder às expectativas da empresa.

Muitas vezes, há também uma sensação de invisibilidade misturada com julgamento. Esse estado está normalmente ligado a pressão para demonstrar “total disponibilidade” no ambiente corporativo, o que ignora as limitações e necessidades específicas dessa fase. 

Com isso, a ausência de políticas sensíveis à maternidade solo acentua o risco de esgotamento emocional e físico, o que pode impactar diretamente o desempenho e o engajamento dessas colaboradoras.

Como a empresa pode oferecer suporte na adaptação?

A resposta está na construção de um ambiente mais empático, estruturado e, principalmente, mais flexível. Não basta ter apenas boas intenções, é necessário tomar ações concretas que facilitem a criação de um ambiente mais receptivo. 

Um dos pontos centrais dessa adaptação é o acompanhamento mais próximo do departamento de RH, com escuta ativa e empática, pode identificar sinais de sobrecarga ou exaustão precoce, sendo uma ação voltada especialmente para saúde ocupacional,

Outra prática relevante é oferecer um programa de acolhimento no retorno, que pode incluir reuniões de boas-vindas, orientações sobre como retomar as atividades de forma gradual e até mesmo sessões de escuta com psicólogos organizacionais

Além disso, permitir pausas para amamentação ou para resolver situações urgentes com os filhos ajuda a minimizar o estresse da colaboradora. A flexibilização dos horários de entrada e saída, ou mesmo a adoção de jornadas híbridas, são também ótimas escolhas para aliviar o impacto da volta.

Há inúmeras outras ações que a empresa pode adotar que não apenas favorecem a produtividade, como também fortalecem o vínculo entre colaboradora e empresa, criando um ambiente de confiança e respeito mútuo.

Boas práticas que promovem retenção e pertencimento

Para além do retorno imediato, as empresas que buscam reter talentos e construir uma equipe engajada precisam adotar políticas que promovam o sentimento de pertencimento nos colaboradores.

Isso começa com o cumprimento das exigências da NR1, que visam a criação de ambientes organizacionais saudáveis e seguros, com valorização da diversidade de experiências, passando pela escuta ativa e a formulação de estratégias inclusivas.

A seguir, algumas boas práticas que ajudam a desenvolver um ambiente mais acolhedor:

  • Realizar treinamentos periódicos sobre inclusão e parentalidade;
  • Estabelecer políticas claras de apoio à maternidade solo no regimento interno;
  • Garantir canais de escuta ativa e confidencial;
  • Criar espaços adequados para amamentação ou extração de leite;
  • Oferecer horários flexíveis no retorno ao trabalho;
  • Fornecer suporte psicológico dentro dos programas de saúde corporativa;
  • Monitorar indicadores de saúde e segurança, adaptando ações conforme a realidade das colaboradoras;
  • Estimular redes de apoio internas entre mães da empresa, criando laços de solidariedade e troca de experiências.

Essas medidas, além de cumprirem obrigações legais, geram impactos positivos na cultura organizacional e fortalecem a reputação da empresa como um ambiente inclusivo e respeitoso.

Saber lidar com a licença-maternidade para mães solo é apenas o começo de uma jornada que exige atenção contínua e ações concretas por parte das empresas. E para isso, a orienteme possui soluções ideais para implementar práticas que valorizam o bem-estar e a segurança de todas as suas colaboradoras.

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