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Avaliação de riscos ocupacionais: como fazer e evitar falhas

Beatriz Nobrega top influencer de RH 2024

Escrito por Beatriz Nobrega

Multiempreendedora e embaixadora orienteme
É conselheira, CHRO as a service, Mentora de Liderança e Influenciadora de RH reconhecida em 2024 como Top HR Influencer, Líder Legacy. Graduada em Psicologia pela USP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV-SP e pós-MBA em Conselho pela Saint Paul Escola de Negócios.
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A avaliação de riscos ocupacionais é um dos pilares da NR-1. Saiba como executá-la de forma eficaz e evitar falhas que podem comprometer a segurança e a conformidade

A avaliação de riscos ocupacionais é uma exigência cada vez mais presente nas rotinas das empresas, especialmente após a atualização da NR-1, que consolidou o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) como elemento-chave na proteção à saúde e segurança do trabalho. 

Compreender como realizar esse processo de maneira eficiente é essencial para evitar falhas que possam comprometer tanto os colaboradores quanto a integridade legal da organização.

O que a NR-1 determina sobre a avaliação de riscos ocupacionais?

A nova NR-1 estabelece que toda organização deve implementar um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), com base em três pilares: identificação dos perigos, avaliação dos riscos e definição de medidas de prevenção. 

De forma prática, a NR-1 exige que a avaliação de riscos seja contínua, ou seja, revisada sempre que houver mudanças significativas nos processos, instalações ou nas condições de trabalho. 

Além disso, é necessário que todos os perigos sejam documentados, classificados e tratados com base em critérios técnicos. Isso inclui tanto os riscos físicos, químicos e ergonômicos quanto os riscos psicossociais, que envolvem fatores como estresse, assédio e sobrecarga emocional.

Ao centralizar o PGR como ferramenta principal, a norma promove uma cultura organizacional mais preventiva, exigindo a participação ativa de profissionais de SST e o uso de registros confiáveis que apoiem decisões assertivas para o controle dos perigos.

Como conduzir uma avaliação de riscos

Realizar uma avaliação de riscos ocupacionais eficaz exige mais do que simplesmente preencher um documento. É necessário seguir um processo bem estruturado, com etapas claras e objetivos definidos, para que a identificação e o tratamento dos perigos realmente promovam melhorias na segurança e na saúde dos trabalhadores.

Nesse sentido, três etapas fundamentais devem ser seguidas com atenção: a identificação dos perigos, a análise dos riscos e a classificação conforme o grau de criticidade. 

Cada uma dessas fases tem papel estratégico dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e influencia diretamente na eficácia das medidas preventivas que serão implementadas.

Identificação

A primeira etapa consiste em mapear de forma minuciosa todos os perigos presentes nas atividades desempenhadas pela organização, considerando desde aspectos evidentes, como o uso de máquinas e exposição a agentes químicos, até elementos menos perceptíveis, como as condições de ergonomia e o clima organizacional.

Além da observação direta e entrevistas com os colaboradores, o uso de indicadores de RH — como dados de afastamentos e queixas recorrentes — pode revelar riscos que não aparecem de forma explícita, mas que impactam diretamente a saúde dos trabalhadores, especialmente em aspectos psicossociais. 

Um levantamento criterioso é o primeiro passo para uma análise confiável e a construção de medidas preventivas eficazes.

Análise

Com os dados do mapeamento em mãos, o próximo passo é analisar cada risco identificado, levando em consideração a frequência de exposição, a severidade das consequências e a probabilidade de ocorrência. 

Essa análise pode ser feita por meio de metodologias específicas, como APR (Análise Preliminar de Risco), FMEA (Análise de Modos de Falha e Efeitos) ou HAZOP (Estudo de Perigos e Operabilidade), de acordo com a complexidade da operação.

A escolha do método deve considerar o nível de detalhamento desejado e a natureza da atividade. Por exemplo, em ambientes industriais, uma análise mais técnica e aprofundada pode ser necessária, enquanto em escritórios, métodos mais simples e diretos podem ser suficientes. 

O importante é que a análise sirva como base confiável para as próximas decisões.

Classificação de risco

A classificação consiste em atribuir um grau de criticidade a cada risco identificado, o que ajuda na definição de prioridades para implementação de medidas preventivas ou corretivas, medida que otimiza recursos de forma estratégica. 

De modo geral, os riscos são classificados em três níveis principais:

  • Baixo: possui baixa probabilidade de ocorrência e consequências leves. Não exige ação imediata, mas deve ser monitorado.
  • Médio: apresenta riscos moderados, com chances razoáveis de acontecer e causar danos consideráveis. Requer atenção e medidas de controle em curto prazo.
  • Alto: alta probabilidade de ocorrência e impacto significativo na saúde ou segurança. Necessita de ações imediatas para eliminação ou mitigação.

Com base nesses indicadores, torna-se mais simples direcionar recursos, priorizar intervenções e tomar decisões fundamentadas que realmente reduzam a exposição aos riscos e promovam um ambiente mais seguro.

Adotar uma metodologia estruturada para a avaliação de riscos ocupacionais é indispensável para manter a conformidade com a NR-1 e garantir ambientes de trabalho mais seguros. 

Para facilitar esse processo, a orienteme oferece soluções inteligentes e personalizadas que apoiam sua empresa na gestão preventiva e implementação da NR1. Conheça nossos produtos e transforme sua abordagem em segurança do trabalho.

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