Qualidade de vida no trabalho

 Diferenças entre a NR-1 antiga e a nova versão: o que mudou para o RH e SESMT

Beatriz Nobrega top influencer de RH 2024

Escrito por Beatriz Nobrega

Multiempreendedora e embaixadora orienteme
É conselheira, CHRO as a service, Mentora de Liderança e Influenciadora de RH reconhecida em 2024 como Top HR Influencer, Líder Legacy. Graduada em Psicologia pela USP, pós-graduada em Administração de Empresas pela FGV-SP e pós-MBA em Conselho pela Saint Paul Escola de Negócios.
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A nova NR-1 trouxe mudanças que impactam diretamente o trabalho do RH e das equipes de SST

Com a atualização da nova NR-1, diversas diretrizes voltadas à saúde e segurança do trabalho foram aprimoradas, afetando diretamente as rotinas do RH e do SESMT. Essas mudanças exigem atenção redobrada quanto à gestão de riscos, capacitações e cumprimento de novos procedimentos legais. 

Vale destacar que o prazo de adequação à NR1 foi oficialmente adiado para 26/05/2026, conforme Portaria MTE nº 765/25, proporcionando mais tempo para que empresas se organizem de forma estruturada. 

O que mudou com a nova NR-1

A principal mudança da nova NR-1 é a ênfase na prevenção ativa e contínua dos riscos ocupacionais por meio do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), juntamente com os fatores psicossociais no ambiente de trabalho, seja presencial ou remoto.

Em sua versão anterior, a norma focava mais em aspectos formais e menos integrados à gestão estratégica. 

Após a atualização, o gerenciamento deve ser específico por estabelecimento, podendo ser subdividido por unidade, setor ou atividade, com maior detalhamento sobre as exposições aos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais.

Outra novidade significativa é a obrigatoriedade de considerar fatores psicossociais como parte do GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), fortalecendo, assim, a cultura organizacional voltada à saúde mental e bem-estar dos colaboradores. 

Além disso, a norma estabelece critérios mais rigorosos para a avaliação de riscos, exigindo que as empresas documentem os métodos utilizados, os critérios de severidade e probabilidade, e a justificativa de decisões preventivas. 

Essa transparência vem para facilitar as auditorias, mas também para fortalecer o comprometimento institucional com a segurança. 

Por isso, conhecer as principais mudanças é central para setores como o RH e SESMT, se adaptarem e ajudarem a construir um novo ambiente corporativo.

Como o RH e o SESMT devem se adaptar às novas exigências

Para o RH e o SESMT, a nova NR-1 representa uma oportunidade de reforçar políticas internas e ampliar o alcance das práticas de segurança e saúde. 

O primeiro passo é revisar o PGR, assegurando que ele esteja alinhado com os novos parâmetros técnicos e legais, incluindo os riscos psicossociais e aspectos ergonômicos descritos na NR-17.

Especificamente, o setor de Recursos Humanos ganha um papel mais ativo ao organizar treinamentos, registrar capacitações e monitorar o cumprimento das ações do plano. 

A NR-1 reforça que todos os treinamentos devem ser certificados, com carga horária e conteúdo adequado à situação específica — inclusive nos casos de acidentes, mudanças de função ou retornos após afastamentos prolongados.

Já o SESMT deve atualizar seu inventário de riscos, considerando as exigências sobre detalhamento das exposições e as justificativas adotadas para cada medida preventiva. Isso inclui, por exemplo, registrar a severidade de possíveis lesões e a probabilidade de sua ocorrência.

Além disso, os documentos obrigatórios devem ser constantemente atualizados e armazenados em formato digital com certificado ICP-Brasil, facilitando o acesso e a fiscalização. 

A norma também reforça a consulta aos trabalhadores sobre percepções de risco, valorizando a escuta ativa como ferramenta estratégica de prevenção e desenvolvimento de um ambiente saudável e colaborativo.

A nova NR-1 e os impactos positivos na cultura de segurança

Ao incentivar a identificação precoce dos perigos e a adoção de medidas mais eficazes, a nova NR-1 contribui diretamente para uma cultura de segurança mais madura e sustentável. 

O foco deixa de ser apenas a correção de falhas e passa a priorizar a prevenção contínua, fortalecendo o ambiente organizacional. A norma também estabelece critérios para avaliação do desempenho das medidas implementadas, como inspeções, simulações de emergência e participação da CIPA. 

Criando, assim, um ciclo de melhoria constante, onde as ações não se limitam apenas a medidas no papel, mas em práticas reais na rotina diária.

Outro ponto importante é a valorização da transparência e da rastreabilidade das ações por meio de documentos digitalizados, inventários claros e a participação dos colaboradores. 

Com mais clareza nas responsabilidades e novas ferramentas adequadas para a gestão de riscos, as empresas têm condições de ir além da conformidade legal, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo para todos.

Desta forma, a nova NR-1 representa um avanço importante para a segurança e saúde no trabalho. 

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