A nova NR-1 trouxe mudanças que impactam diretamente o trabalho do RH e das equipes de SST
Com a atualização da nova NR-1, diversas diretrizes voltadas à saúde e segurança do trabalho foram aprimoradas, afetando diretamente as rotinas do RH e do SESMT. Essas mudanças exigem atenção redobrada quanto à gestão de riscos, capacitações e cumprimento de novos procedimentos legais.
Vale destacar que o prazo de adequação à NR1 foi oficialmente adiado para 26/05/2026, conforme Portaria MTE nº 765/25, proporcionando mais tempo para que empresas se organizem de forma estruturada.
O que mudou com a nova NR-1
A principal mudança da nova NR-1 é a ênfase na prevenção ativa e contínua dos riscos ocupacionais por meio do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), juntamente com os fatores psicossociais no ambiente de trabalho, seja presencial ou remoto.
Em sua versão anterior, a norma focava mais em aspectos formais e menos integrados à gestão estratégica.
Após a atualização, o gerenciamento deve ser específico por estabelecimento, podendo ser subdividido por unidade, setor ou atividade, com maior detalhamento sobre as exposições aos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e psicossociais.
Outra novidade significativa é a obrigatoriedade de considerar fatores psicossociais como parte do GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais), fortalecendo, assim, a cultura organizacional voltada à saúde mental e bem-estar dos colaboradores.
Além disso, a norma estabelece critérios mais rigorosos para a avaliação de riscos, exigindo que as empresas documentem os métodos utilizados, os critérios de severidade e probabilidade, e a justificativa de decisões preventivas.
Essa transparência vem para facilitar as auditorias, mas também para fortalecer o comprometimento institucional com a segurança.
Por isso, conhecer as principais mudanças é central para setores como o RH e SESMT, se adaptarem e ajudarem a construir um novo ambiente corporativo.
Como o RH e o SESMT devem se adaptar às novas exigências
Para o RH e o SESMT, a nova NR-1 representa uma oportunidade de reforçar políticas internas e ampliar o alcance das práticas de segurança e saúde.
O primeiro passo é revisar o PGR, assegurando que ele esteja alinhado com os novos parâmetros técnicos e legais, incluindo os riscos psicossociais e aspectos ergonômicos descritos na NR-17.
Especificamente, o setor de Recursos Humanos ganha um papel mais ativo ao organizar treinamentos, registrar capacitações e monitorar o cumprimento das ações do plano.
A NR-1 reforça que todos os treinamentos devem ser certificados, com carga horária e conteúdo adequado à situação específica — inclusive nos casos de acidentes, mudanças de função ou retornos após afastamentos prolongados.
Já o SESMT deve atualizar seu inventário de riscos, considerando as exigências sobre detalhamento das exposições e as justificativas adotadas para cada medida preventiva. Isso inclui, por exemplo, registrar a severidade de possíveis lesões e a probabilidade de sua ocorrência.
Além disso, os documentos obrigatórios devem ser constantemente atualizados e armazenados em formato digital com certificado ICP-Brasil, facilitando o acesso e a fiscalização.
A norma também reforça a consulta aos trabalhadores sobre percepções de risco, valorizando a escuta ativa como ferramenta estratégica de prevenção e desenvolvimento de um ambiente saudável e colaborativo.
A nova NR-1 e os impactos positivos na cultura de segurança
Ao incentivar a identificação precoce dos perigos e a adoção de medidas mais eficazes, a nova NR-1 contribui diretamente para uma cultura de segurança mais madura e sustentável.
O foco deixa de ser apenas a correção de falhas e passa a priorizar a prevenção contínua, fortalecendo o ambiente organizacional. A norma também estabelece critérios para avaliação do desempenho das medidas implementadas, como inspeções, simulações de emergência e participação da CIPA.
Criando, assim, um ciclo de melhoria constante, onde as ações não se limitam apenas a medidas no papel, mas em práticas reais na rotina diária.
Outro ponto importante é a valorização da transparência e da rastreabilidade das ações por meio de documentos digitalizados, inventários claros e a participação dos colaboradores.
Com mais clareza nas responsabilidades e novas ferramentas adequadas para a gestão de riscos, as empresas têm condições de ir além da conformidade legal, promovendo um ambiente mais saudável e produtivo para todos.
Desta forma, a nova NR-1 representa um avanço importante para a segurança e saúde no trabalho.
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